Colunista Fernando Marin.
(Foto: Angel Morote / Rio das Ostras
Jornal)
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E o cenário político nacional
continua agitadíssimo, afinal a Lava –Jato prossegue em suas etapas e ainda há
muita gente apavorada com a expectativa de encontrar a Polícia Federal à sua
porta a qualquer momento.
E isso vem causando uma série de
acontecimentos, muitos deles sem o pleno conhecimento da população em geral.
Fala-se agora em Brasília em se
alterar o modelo de eleições no país , para a tal “lista fechada”, o que viria
a favorecer os políticos que já possuem mandato, e prejudicar bastante aqueles
que pensam em se candidatarem, em substituírem deputados e senadores veteranos
com anos de Congresso, ou seja, atrapalhar uma eventual renovação no meio
político.
Na verdade o que se quer é uma
maneira de continuar no poder, mantendo o direito ao Foro Privilegiado – um
mandatário só pode ser investigado e julgado pelo Supremo Tribunal
Federal. Com muitos políticos investigados e a serem denunciados, o pavor de
não se conseguir uma reeleição tomou conta da Casa, e o pânico se instalou em
muitos nomes que temem voltarem a serem cidadãos comuns, sem direto a privilégios
e com espaço aberto para que a sua prisão possa vir a acontecer.
Nesse sistema da “Lista Fechada”
os partidos limitam o número de candidatos e os escolhe a seu critério, tirando
do eleitor o direito de votar em um nome conhecido por ele. O povo votaria nos
nomes que fizessem parte de uma lista restrita escolhida pelos partidos. Assim,
o número de candidatos seria bem menor, as chances de eleição maiores e os
custos da campanha muito mais baixos. Interessante para quem?
Quando insisto em que o povo deveria
participar mais da vida política de sua cidade, estado, país é justamente para
que iniciativas como essa, totalmente desinteressante para a população e para a
democracia fossem rechaçadas imediatamente. Todos sabemos da necessidade de uma
grande renovação nos quadros políticos atuais, que já demonstraram a sua
incapacidade de dar ao povo uma condição de vida digna.
Queremos reforma política sim, com
o fim dos super salários, da corrupção, dos privilégios , enfim, queremos que a
qualidade de vida das pessoas venha a ser o único objetivo do Governo, o foco
principal de todo o sistema administrativo implantado.
Precisamos conhecer melhor e
implantar os modelos vigentes em países desenvolvidos, onde não há altos
salários, mordomias, privilégios para aqueles que escolhem trabalhar pelo
benefício do povo possam focar apenas e tão somente a qualidade de vida das
pessoas.
Precisamos da participação popular
nos partidos, na vida política, como maneira de escolhermos os melhores
candidatos e de promovermos justiça social e desenvolvimento.
Penso que, se há coisas ruins
acontecendo no meio político, isso se deve ao afastamento das pessoas de bem.
Eu decidi participar e trabalhar. Não é porque estou em um meio tido como
“sujo” que irei também me contaminar. Não.
Muitos conhecem a história de
Daniel, contada na Bíblia. Quem não conhece, leia. Ele não se deixou contaminar
pelas coisas erradas que via ao seu redor, e se tornou um grande administrador.
O mesmo aconteceu com José, no Egito. Porque não pode acontecer conosco?
Ocupemos o espaço que nos é de
direito, e mudaremos o país.
Por Fernando Marin
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