Thomas Arthur foi executado por
matar, em 1982, Troy Wicker, marido de sua então amante, Judy, tendo recebido
US$ 10 mil.
O estado do Alabama executou nesta
sexta-feira (26) Thomas Arthur, um preso de 75 anos que tinha travado uma longa
batalha legal com a qual tinha evitado a injeção letal sete vezes desde o ano
de 2001.
Arthur foi declarado morto às 0h15
(horário local, 2h15 em Brasília) após receber uma injeção letal na prisão
Holman de Atmore, segundo notificou o Departamento de Correções do Alabama.
Arthur foi condenado à morte e
executado por assassinar no dia 1 de fevereiro de 1982 Troy Wicker, marido de
sua então amante, Judy, tendo recebido US$ 10.000, um crime do qual sempre se
declarou inocente.
No momento do assassinato, Arthur
cumpria uma condenação de prisão perpétua por matar em 1977 sua cunhada com um
tiro, mas participava de um programa de reinserção trabalhista para presos.
Foi durante a sua participação no
programa que começou o romance com Judy Wicker.
No dia que Troy foi morto, Judy
disse à polícia que um afro-americano tinha entrado na sua casa de Muscle
Shoals, assassinado seu marido e a estuprado.
As autoridades, no entanto, não
acreditaram nessa versão e a acusaram de contratar Arthur para cometer o crime
com o objetivo de cobrar o seguro de vida de seu marido.
Ela foi condenada à prisão
perpétua, ainda que tenha sido libertada após cumprir dez anos de prisão após
acusar Arthur, que por sua vez já estava condenado à morte.
Em 1986, Arthur fugiu da prisão
após atirar em um guarda - que sobreviveu - no pescoço e escapou para o
Tennessee, onde foi detido semanas depois por roubar um banco.
O Alabama tinha tentado executá-lo
em 2001, 2003, 2007, 2008, 2012, 2014 e 2016, mas ele conseguiu evitar sua
morte com múltiplos recursos.
Os seus advogados também tinham
apresentado na quinta (25) recursos ao Tribunal Supremo, mas após horas de
deliberação a maioria de juízes deram sinal verde para a execução.
Arthur foi o 12º preso executado
este ano nos EUA e o de número 1.454 desde que o Tribunal Supremo reinstaurou
há quatro décadas a pena de morte.
Por Agencia EFE
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