© Fabio
Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Brasília - Senador Lindbergh
Farias durante sessão do Conselho de Ética que
arquivou denúncia
contra as
seis senadoras que ocuparam a Mesa do Plenário
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O Conselho de Ética do Senado
volta a se reunir na terça-feira (22), às 15h, para sortear o relator da
denúncia contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Sob o argumento de que o petista
“impediu a continuidade regular” de uma reunião do Conselho de Ética no último
dia 8, o senador José Medeiros (PSD-MT), pediu a abertura de um processo por
quebra de decoro parlamentar contra Lindbergh. Na ocasião, os
parlamentares analisavam representação contra as seis senadoras que, em julho,
ocuparam a mesa do plenário para tentar impedir a votação da reforma
trabalhista. O processo contra as senadoras foi arquivado .
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência
Brasil Brasília - Senador Lindbergh Farias durante sessão do Conselho de
Ética que arquivou denúncia contra as seis senadoras que ocuparam a Mesa do
Plenário…
Segundo Medeiros, Lindbergh teria
agredido o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza
(PMDB-MA), e outros senadores presentes à reunião. "O senador
Lindbergh queria usar a força para impedir a sessão. Está virando moda. Por isso,
pedimos que a conduta do senador possa ser julgada pelo Conselho de Ética. As
instituições não podem ficar à mercê de arroubos totalitários", afirmou
Medeiros quando apresentou a denúncia.
No mesmo dia, Lindbergh Farias
divulgou nota em que criticou a atuação do Conselho de Ética. O senador lembrou
que em julho o colegiado arquivou um pedido de cassação do mandato do senador
Aécio Neves (PSDB-MG), gravado em conversas com o dono da JBS, Joesley Batista,
investigado na Operação Lava Jato.
“A denúncia contra mim é ridícula”,
disse o senador do PT, acrescentando que o senador Medeiros é “um oportunista
sem voto querendo aparecer”. “Me exaltei porque estava indignado. Qual é a
condição de um Conselho de Ética que arquiva tudo? Eles desconsideraram o fato
que tinha uma mala com 500 mil [reais] para o Aécio [Neves] e iam abrir
processo contra mulheres? Eu não tenho sangue de barata. Eu estou dando muito
pouca importunância a esse processe. Eu quero ver o Senado com essa situação
que está aí, vir pra cima de mim porque defendi mulheres”, afirmou.
Nos últimos sete meses, o
presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), rejeitou 14
denúncias contra colegas. Dessas, cinco representações pediam investigações
contra Renan Calheiros e Romero Jucá, também peemedebistas.
Para os casos que não são
arquivados, o Código de Ética e Decoro Parlamentar prevê quatro medidas
disciplinares a serem aplicadas aos senadores acusados de quebra de decoro
parlamentar: advertência, censura (verbal ou escrita), perda temporária do
exercício do mandato ou ainda perda de mandato.
Agência Brasil
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