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ANDRESSA ANHOLETE/AFP/Getty Images Nota
do PSDB paulistano abre nova crise no partido
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Nota emitida neste domingo pelo
vereador Mario Covas Neto, presidente do diretório municipal da sigla, afirmou
que a presença de Aécio em reuniões com Temer causava "desconforto e
embaraços". "Prove sua inocência, senador, e aí sim retorne ao
partido”, escreveu. No texto, o vereador afirmou que o único que pode falar em
nome da sigla é o presidente em exercício, o senador Tasso Jereissati.
O movimento do vereador não
encontrou respaldo entre outras lideranças tucanas. Procurado pelo Estado,
Pedro Tobias, presidente estadual da sigla, defendeu que Aécio tem o direto de
participar de encontros com Temer como senador e cidadão. “Acho lamentável”,
disse Tobias, sobre a nota do diretório municipal. “Aécio foi sem representar o
partido, já que está afastado. Ainda não foi condenado, é senador da
República”, argumentou.
José Aníbal, presidente do
Instituto Teotônio Vilela, considerou a nota “uma coisa totalmente fora de
propósito”. “Quem fala em nome do PSDB somos todos nós, qualquer coisa
diferente disso é censura. O Aécio é senador por Minas e se reuniu com o
presidente para tratar da Cemig”, afirmou. Ainda sobre a nota, Aníbal reiterou:
"o PSDB não pode conviver com esse tipo de censura".
Em nota, o senador mineiro Aécio
Neves disse ter tratado de interesses da Cemig (Companhia Energética de Minas
Gerais) no último encontro Temer. "O PSDB tem responsabilidade para com a
estabilidade política e a recuperação econômica do país, o que torna natural
que lideranças do partido tenham conversas com o presidente e membros do
governo", diz o texto.
A nota de Aécio afirma que as questões
internas do PSDB são travadas internamente, "sem qualquer participação do
governo ou do presidente".
Mário Covas Neto também passou a
ser alvo de ataques do diretório do PSDB de Minas. Seu presidente, o deputado
federal Domingos Sávio, disse ao Estado: "É muita infelicidade o vereador
entrar em um assunto que ele desconhece e que é de importância para os
mineiros".
Sávio também divulgou nota em que
sugere que o vereador seja uma figura pouco expressiva dentro do partido.
"Ele, que já foi alvo de acusações extremamente graves, que espero sejam
injustas, devia ter aprendido que cabe a quem acusa ônus da prova",
escreveu o deputado, sem citar o caso em questão.
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