O
submarino ARA San Juan da
Marinha argentina desapareceu com
44 pessoas a bordo há oito dias. Não se sabe o que aconteceu com a
embarcação ou se os tripulantes ainda estão vivos.
Ainda assim,
uma enorme equipe de resgate foi mobilizada pelas autoridades da Argentina. Além da frota do país,
outras 13 nações procuram incansavelmente qualquer rastro que possa levar à
localização do submarino.
A Marinha
também já planejou cuidadosamente a logística para um possível resgate da
tripulação. Uma das opções consideradas atualmente envolve um navio de busca
norueguês e uma câmara de resgate fornecida pelos Estados Unidos.
O Skandi
Patagonia já está navegando pelas águas argentinas. O navio norueguês
enviará um Veículo Autônomo Subaquático AUV fornecido pelas autoridades
americanas para buscar qualquer sinal do submarino embaixo da água. O AUV é
operado a distância, sem tripulação.
Assim que o San
Juan for localizado, o navio de buscas navegará até o local onde ele se
encontra. Uma Câmara de Resgate SRC será então transportada por um cabo até o
submarino. A cápsula é pressurizada e pode ser conectada a uma das escotilhas
do San Juan.
A pressão entre
a cápsula e o submarino deve ser nivelada antes da abertura da escotilha, para
que não cause prejuízo aos tripulantes. Após esse procedimento, as pessoas
podem começar a ser resgatadas.
A Câmara SRC
será içada pelo navio de buscas, com os tripulantes dentro. A capsula só pode
transportar seis indivíduos por vez, o que significa que o procedimento deverá
ser repetido até que todos estejam em segurança.
O submarino
O ARA San Juan
foi incorporado à frota argentina em 1985. Com 65 metros de comprimento, foi
fabricado pela empresa siderúrgica alemã ThyssenKrupp. Seu último reparo foi
realizado em 2004 e, segundo a Marinha, estava em totais condições para operar.
O
desaparecimento
O ARA San
Juan fez seu último contato na manhã do dia 15 quando ia de Ushuaia,
no extremo sul da Argentina,
a Mar del Plata, cerca de 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.
Nessa mesma manhã, o capitão do submarino havia reportado uma avaria nas
baterias da embarcação. Especialistas consultados pelo jornal argentino La
Nación indicam que a zona marítima onde o veículo aquático pode ter
desaparecido tem cerca de 700 metros de profundidade.
As buscas pelo
submarino já entraram em uma fase crítica. Caso a embarcação esteja sem
condições de emergir, o estoque de oxigênio disponível seria suficiente para
manter a tripulação viva por até sete dias — nesta hipótese, não restaria mais
oxigênio para os tripulantes.
Ao todo, dez
países participam das operações de busca pelo submarino – entre eles o Brasil, que enviou à Argentina
dois aviões e três embarcações, Chile, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.
VEJA.com
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