Apesar de
possibilidade de explosão e pessimismo de familiares, autoridades não comentam
chance de 44 tripulantes não estarem vivos. Em coletiva, porta-voz diz que é
feita varredura no fundo do mar e rastreamento permanente com aviões.
O porta-voz na
Marinha da Argentina afirmou na noite desta quinta (23) que, embora ainda não
se saiba o paradeiro do submarino ARA San Juan, e exista a possibilidade de
que tenha
ocorrido uma explosão, nenhuma hipótese está sendo descartada.
Apesar do pessimismo
que começa a tomar conta dos familiares dos 44
tripulantes, as autoridades em nenhum momento comentaram a
possibilidade de que estes já não estejam vivos.
“Não
descartamos nada”, disse o porta-voz Enrique Balbi em uma coletiva de imprensa.
“Até que tenhamos uma evidência certeira de onde está o submarino não podemos
fazer uma afirmação contundente”, acrescentou.
O ARA San
Juan está
desaparecido desde o dia 15 de novembro, data em que fez contato pela
última vez. Nesta quinta, a Marinha argentina informou que foi detectado um
"evento consistente com uma explosão" algumas horas após esse último
contato, em local próximo à última localização conhecida da embarcação.
Buscas
Segundo Balbi,
seis embarcações estão realizando uma varredura no fundo do mar na região onde
se acredita que o submarino esteja - na zona central de buscas, as
profundidades variam de 200 a 2 mil metros.
Além disso, um
rastreamento permanente é feito por três aviões, sendo dois de exploração
marítima (um americano e um brasileiro) e um C-130 Hércules da Força Aérea
Argentina.
Simultaneamente,
três destroyers e uma corveta da Marinha argentina estão em uma zona de buscas
nas proximidades, apoiados por mais aviões. Outros nove navios circulam por
diferentes áreas do Atlântico Sul participando da missão.
Segundo a
France Presse, as buscas envolvem 4 mil homens e, além da Argentina, participam
contingentes de Brasil, Alemanha, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados
Unidos, França, Noruega, Peru, Grã-Bretanha e Uruguai.
Também de acordo
com a agência, dois navios zarparam do porto de Comodoro Rivadavia com
militares americanos equipados com material de resgate: dois mini submarinos de
controle remoto e cápsulas de resgate para os 44 tripulantes do ARA San Juan.
O jornal
argentino "Clarín" diz que médicos foram enviados a bordo das
cápsulas de resgate, um indicativo de que as autoridades ainda trabalham com a
hipótese de localizar sobreviventes.
Por G1
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