Macri libera parlamentares do seu partido em votação sobre o aborto legal | Rio das Ostras Jornal

Macri libera parlamentares do seu partido em votação sobre o aborto legal

Presidente argentino, Mauricio Macri, caminha ao lado do
 secretário americano, Rex Tillerson, em 5 de fevereiro.
 (Foto: Victor R. Caivano/ AP)
Projeto tem chances de ser aprovada pelos deputados, mas deve enfrentar resistência no Senado. Decisão do presidente argentino foi tomada após protesto.
O presidente da Argentina, Maurício Macri, decidiu que não vai intervir e vai liberar os parlamentares da coalizão Cambiemos, que o elegeu, para votar “de acordo com a consciência” sobre o aborto legal.
A decisão funciona como uma “luz verde” para os parlamentares aprovarem o projeto, que conta com a aprovação de vários grupos em diferentes bancadas. Na avaliação do jornal “El Clarín”, o projeto “vislumbra pela primeira vez com sérias chances de prosperar” entre os deputados. Porém, avalia que seu “trâmite será mais difícil” no Senado, que conta com uma posição mais conservadora.
Macri, que já se declarou contra o acordo, tomou a decisão após um “panelaço” ocorrido na segunda-feira (19) em frente ao Congresso, convocado pela Campanha Nacional pelo Direito do Aborto Legal, Seguro e Gratuito. A questão divide opiniões entre seus apoiadores, como a vice Gabriela Michetti.
Protestos
As manifestantes levavam lenços verdes, símbolo do movimento que em 11 anos apresentou em seis ocasiões a proposta parlamentar de uma lei de interrupção voluntária da gravidez. A versão que deve ser apresentada em sete de março traz uma modificação com relação à anterior: a interrupção voluntária da gravidez poderia acontecer até a 11ª semana – não até a 12ª.
Organizações feministas, que citam dados de alguns anos atrás do Ministério da Saúde, na Argentina acontecem meio milhão de abortos ao ano, segundo a France Presse.
Mulheres que se manifestam em frente ao edifício do Congresso, em Buenos Aires, a favor de um projeto de lei que permita o aborto (Foto: Raul Ferrari / AFP Photo)
Para rede “Todo Notícias”, a decisão de dar liberdade aos parlamentares pode ser interpretada de duas maneiras. Primeiramente, como uma tentativa de agradar setores da sociedade que pedem igualdade de gênero e pelo direito das mulheres, às vésperas do Dia Internacional da Mulher.
Também poderia ser uma maneira de obscurecer uma manifestação contra o governo, encabeçada pelo líder sindical Hugo Moyano, ocorrido nesta semana. O protesto contra as propostas de reformas de Macri ocorreu após aprovação da polêmica reforma da previdência no fim de 2016.
Vale lembrar que o projeto tem como principal opositor o Vaticano, liderado pelo Papa Francisco, que é argentino.

Por G1
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