Alerj
instala CPI para investigar irregularidades nos contratos
da Prolagos, concessionária de água que atende
cinco cidades
da Região dos Lagos do Rio (Foto:
Divulgação/Alerj)
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Uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada nesta quinta-feira (19) na
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para investigar
irregularidades nos contratos da Prolagos, concessionária de água que atende
cinco municípios da Região dos Lagos.
Entre as
reclamações dos moradores, os principais itens discutidos serão o serviço
prestado, a tarifa cobrada e as dificuldades para obter a tarifa social.
As cidades
atendidas pela concessionária são Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial
do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios.
De acordo com o
presidente da CPI, o deputado Silas Bento (PSL), os moradores da região fizeram
diversas reclamações que incluem a tarifa cobrada que tem o valor mínimo de R$
76 por 15 mil metros cúbicos e dificuldades dos moradores para obter a tarifa
social que é a cota destinada às pessoas de baixa renda.
“Precisamos
analisar o contrato item por item e ver o que está sendo cumprido e o que não
está. Queremos saber o que tem de investimento que foi proposto no contrato e o
que está sendo feito. Na região, há muitas pessoas que deixam as casas fechadas
fora do período de férias e o valor da tarifa é praticamente o mesmo de quando
elas estão nas suas casas”, explicou.
O parlamentar
informou que o grupo fará reuniões nesses municípios atendidos pela empresa.
A Alerj disse
ainda que o contrato de concessão com a Prolagos começou no final dos anos 90 e
a concessionária ficou responsável por explorar e aumentar a rede existente de
fornecimento de água e de tratamento de esgoto.
Ainda segundo a
Alerj, os moradores reclamam que até hoje há bairros onde não tem água potável.
É o caso de Caravelas e de São Jacinto, ambos em Cabo Frio.
Segundo os
relatos que chegaram à CPI, os moradores destas localidades precisam acionar a
Justiça para que a Prolagos leve um caminhão-pipa aos locais sem água. E mesmo
assim, esses clientes são tarifados da mesma forma que aqueles que têm rede de
água instalada.
Outro ponto que
será abordado pela comissão é o do valor do hidrômetro. Silas Bento contou que
há decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio que proíbe a cobrança do
aparelho, no entanto, a concessionária afirma que a taxa de R$ 900 é relativa
ao serviço de instalação.
A Prolagos
informou, por meio de nota, que não foi oficialmente notificada. Tão logo isso
ocorra prestará os esclarecimentos necessários.
Por G1, Região dos Lagos
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