© Reuters Paraguai
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O Paraguai terá eleições para
presidente neste fim de semana com a esperança de reafirmar seu crescimento
econômico e colocar um ponto final aos problemas de corrupção do governo anterior.
O difícil é conciliar crescimento econômico com estabilidade política.
Pesquisas
indicam que o país continuará sendo controlado pelo partido conservador Honor
Colorado, mesmo com pouca aprovação da população – uma pesquisa mostrou que a
aprovação do governo de Horacio Cartes, do mesmo partido, foi de 21%, em 2017.
O senador Mario
Abdo Benítez – Filho de uma figura importante da ditadura paraguaia – é o
candidato do partido, e está à frente de Efraín Alegre, representante da
aliança entre direitistas e esquerdistas Ganar.
Se confirmada a
previsão, Benítez herdará um país em pleno crescimento econômico, e com
expectativas de crescer ainda mais. Segundo o Fundo Monetário Internacional
(FMI), a expectativa é que a economia paraguaia cresça 4,5% neste ano,
impulsionada pela agricultura. É bem acima da média da América do Sul, que deve
crescer somente 1%.
Um dos segredos
do crescimento do país foi a implementação da lei de Maquila. Criada em 2000, a
lei prevê o incentivo para instalação de empresas estrangeiras no país com
isenção de impostos para importação de máquinas, equipamentos e matéria-prima.
A contrapartida
era que a empresa exportasse 100% de sua produção até completar o primeiro ano
no regime e pagasse um imposto único de 1% sobre a sua fatura de exportação.
Se a economia
vai bem, não se pode dizer o mesmo sobre a situação política. O governo do
Paraguai enfrenta uma investigação sobre a suposta troca de favores entre
membros juízes e empresas, intermediado por aliados do governo.
O caso de corrupção
no Judiciário pode afetar as eleições e minar a capacidade de governo do
próximo presidente. Por isso, Benítez precisa garantir uma maioria no Congresso
para conseguir governar o país.
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